A recente venda de ações da Ripple no valor de US$ 500 milhões rapidamente se tornou um dos movimentos mais comentados na indústria cripto. O acordo avaliou a Ripple em cerca de US$ 40 bilhões e atraiu alguns dos maiores nomes das finanças tradicionais, incluindo Citadel Securities, Fortress Investment Group, Brevan Howard, Galaxy Digital, Marshall Wace e Pantera Capital. Mas, segundo a Bloomberg, esses investidores não entraram de forma casual; eles negociaram termos que tornaram o investimento praticamente livre de risco.
Os investidores receberam opções de venda (put options), que lhes permitem vender as ações de volta para a Ripple após três ou quatro anos, com um retorno anual garantido de 10%. A Ripple manteve o direito de recomprar essas ações, mas somente se oferecesse um retorno anual de 25% aos investidores. O acordo também incluiu preferências de liquidação, dando prioridade aos novos investidores caso a Ripple seja vendida ou enfrente falência. Essas proteções reduziram o risco, permitindo que empresas de Wall Street tivessem exposição antecipada à Ripple.
O valor da Ripple ainda depende fortemente de suas reservas de XRP, que totalizam cerca de US$ 124 bilhões. Grande parte desse XRP está bloqueada ou é liberada gradualmente. Ao oferecer fortes proteções, a Ripple atraiu grandes investidores institucionais que normalmente abordam negócios cripto com cautela. Analistas afirmam que a empresa buscou ganhar credibilidade antes de uma possível abertura de capital e fortalecer laços com o dinheiro institucional.
A reportagem da Bloomberg também mostrou a utilidade crescente do XRP. Atualmente, o XRP representa cerca de 8% da atividade em gateways de pagamento cripto, mostrando que está se tornando mais amplamente utilizado em operações de liquidação e liquidez.
A Ripple continua posicionando o XRP como um importante ativo para pagamentos globais, atendendo bancos, provedores de pagamento e até mesmo programas piloto como os testes de liquidação da Mastercard no XRP Ledger.
