JPMorgan eleva a meta para ações da Circle em meio a novas parcerias e resultados financeiros 'sólidos'

Diante dos fortes resultados do terceiro trimestre da Circle e do sucesso do emissor da stablecoin USDC em firmar parcerias significativas, analistas do JPMorgan elevaram a classificação das ações da empresa para "overweight" em um relatório de pesquisa divulgado nesta quinta-feira.

No relatório, os analistas do JPMorgan estabeleceram um novo preço-alvo para as ações da Circle de US$ 100 até dezembro de 2026. As ações da Circle, que ultrapassaram US$ 250 nas semanas após seu IPO em junho, caíram para cerca de US$ 85 na manhã de quinta-feira.

"Estamos elevando a classificação das ações da Circle de Underweight para Overweight. A Circle apresentou resultados sólidos no 3T25, com métricas-chave superando as expectativas", disseram os analistas. "Vemos os fundamentos melhorando consideravelmente e um pipeline de casos de uso e grandes empresas optando por fazer parceria com a Circle em expansão."

Os analistas do JPMorgan destacaram os planos da Circle de trabalhar com Deutsche Börse, Finastra, Visa e o gigante bancário brasileiro Itaú como exemplos de parcerias importantes relacionadas ao USDC. "Esperamos ver tanto o aumento da participação de mercado do USDC quanto a melhoria do mix de USDC para a Circle em 2026. À medida que a rede se fortalece, o ritmo de adoção do USDC deve crescer e as perspectivas para margens mais altas aumentam", acrescentaram.

No mês passado, os analistas destacaram o fato de que o crescimento da atividade onchain e da capitalização de mercado do USDC estava superando seu principal concorrente, o USDT, que é emitido pela Tether, sediada em El Salvador. 

Embora os analistas do JPMorgan afirmem que a Circle mantém uma vantagem de pioneirismo no "mercado nascente de stablecoins", eles também reconhecem que a empresa enfrenta forte concorrência não apenas da Tether, mas também da exchange descentralizada Hyperliquid, que está se preparando para lançar uma stablecoin nativa. Várias outras fintechs também estão se preparando para lançar seus próprios tokens atrelados ao dólar, o que significa que o número de emissores de stablecoins deve aumentar consideravelmente.

O crescimento entre os maiores emissores de stablecoins continua a aumentar de forma constante, enquanto a oferta total se estabilizou ligeiramente nas últimas semanas. Com o governo dos EUA aprovando sua estrutura regulatória para stablecoins no início deste ano, o GENIUS Act, o mercado americano está pronto para um crescimento adicional à medida que os tokens atrelados ao dólar avançam ainda mais para o mainstream.