O whitepaper MiCA da MegaETH revela tokenomics com alocação de 9,5% para a equipe e recursos inovadores de infraestrutura de sequenciador
A MegaETH confirmou a autenticidade de seu whitepaper em formato MiCA vazado, que descreve uma venda de tokens em conformidade regulatória, design técnico e estrutura legal. A conformidade com o MiCA permite o acesso de investidores de varejo da União Europeia, mas também impõe requisitos rigorosos de KYC, direitos de reembolso e obrigações de divulgação, o que pode desacelerar uma participação mais ampla do varejo.

O protocolo Ethereum Layer 2, MegaETH, confirmou que um whitepaper circulando, formatado para atender aos requisitos dos padrões Markets in Crypto-Assets (MiCA) da União Europeia, é autêntico, revelando planos detalhados para uma oferta pública regulamentada de tokens, arquitetura técnica e um arcabouço jurídico.
“Confirmando que este é o whitepaper MiCA”, disse Namik Muduroglu, colaborador fundador da MegaLabs, ao The Block.
O documento, datado de 24 de setembro de 2025, observa que os participantes de uma próxima venda pública dos tokens MEGA devem concluir verificações obrigatórias de KYC, enquanto compradores baseados na UE devem custodiar os rendimentos com um provedor licenciado pelo MiCA. A distribuição dos tokens e a matemática da oferta também foram detalhadas. De acordo com o documento, o token MEGA terá uma alocação surpreendentemente modesta de 9,5% para a equipe, com o protocolo posicionando o token como o motor econômico para um par de recursos inovadores de infraestrutura, incluindo rotação de sequenciador e mercados de proximidade.
No total, 70,3% do fornecimento de 10 bilhões de MEGA está reservado entre a equipe, reservas do ecossistema e recompensas de staking, e cerca de 14,7% alocado para investidores de venture capital da MegaETH. No início deste mês, o projeto de blockchain Layer 2 anunciou que recompraria aproximadamente 4,75% de seu fornecimento de tokens dos primeiros investidores.
A grande alocação para recompensas de staking KPI — 53,3% — foi projetada para impulsionar a atividade onchain, mas pode levantar questões sobre o fornecimento circulante inicial e a concentração de tokens. Além disso, o documento reiterou detalhes de um leilão inglês para 500 milhões de tokens MEGA, equivalente a 5% do total de 10 bilhões de tokens.
Segundo o design de rotação de sequenciador explicado em um fio no X, a MegaETH operará um único sequenciador ativo que rotaciona ao redor do globo conforme o dia econômico mundial, e os operadores competirão por janelas apostando $MEGA. A seleção levará em conta o valor apostado, desempenho passado e capacidade de infraestrutura. Operadores podem ser penalizados por falhas, e reservas classificadas assumirão instantaneamente em caso de falha, segundo a equipe. O modelo foi explicitamente projetado para rastrear a atividade do usuário por região e minimizar a latência de ponta a ponta.
A ideia dos mercados de proximidade vincula a economia de colocation do mundo real à mecânica onchain dos tokens. Formadores de mercado e aplicativos disputarão espaço próximo ao sequenciador bloqueando MEGA, criando um mercado onchain negociável para acesso de baixa latência. A MegaETH afirmou que os assentos serão alocados dinamicamente e tokenizados, com um indexador onchain transmitindo dados em tempo real para que provedores de liquidez possam reagir em milissegundos. Esse design visa reduzir spreads e aprofundar a liquidez onchain para DeFi.
O MiCA é o conjunto de regras abrangente da UE para emissão e serviços de cripto, tendo entrado em vigor total em dezembro de 2024. Para projetos, a conformidade com o MiCA abre acesso legal a investidores de varejo da UE e custodians regulamentados. Mas também impõe recursos de proteção ao investidor, incluindo divulgações obrigatórias, períodos de reflexão, mecanismos concretos de reembolso e declarações claras de responsabilidade.
O whitepaper da MegaETH enfatiza essa troca. O documento nomeou a OKCoin Europe Limited como o provedor de custódia licenciado pelo MiCA, com KYC obrigatório, um período de retirada de duas semanas e alertas explícitos de risco ao longo do documento.
Os protocolos buscam alinhamento com o MiCA para acessar a grande base de investidores da Europa e integrar exchanges e custodians regulamentados. Ao mesmo tempo, algumas equipes temem que as exigências de transparência e KYC do MiCA possam limitar a adoção viral pelo varejo e complicar a economia dos tokens.
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