- Bitcoin se aproxima do recorde de US$ 124 mil após forte setembro e alta no Uptober.
- Entradas institucionais em ETFs e compras corporativas impulsionam o momento de alta.
- Analistas projetam US$ 160 mil–US$ 200 mil se o crescimento da demanda continuar no quarto trimestre.
O Bitcoin (BTC) entrou no último trimestre de 2025 com o tipo de impulso que os traders esperavam, rompendo a barreira dos US$ 120.000 e reacendendo as conversas sobre novos recordes históricos.
O rali ocorre após um setembro surpreendentemente forte e já está sendo descrito como os estágios iniciais do que pode ser um histórico “Uptober”.
Com o BTC agora flutuando a apenas alguns pontos percentuais abaixo de seu recorde de US$ 124.128 estabelecido em agosto, analistas e observadores on-chain dizem que as condições estão se alinhando para uma corrida em direção a US$ 200.000 antes do final do ano.
Alta sazonal ganha força
Setembro fechou acima de US$ 114.000, uma alta de cerca de 5% no mês, contrariando a tendência usual de fraqueza e construindo uma base para a quebra de outubro.
Historicamente, sempre que setembro termina no positivo, o quarto trimestre entrega ganhos expressivos, com anos como 2015, 2016, 2023 e 2024 registrando ralis médios acima de 50%.
Esse padrão, aliado ao ganho médio de outubro de 21,8% e de novembro de 10,8%, consolidou o “Uptober” como mais do que um slogan para os traders de cripto.
Só neste mês, o Bitcoin já subiu quase 10% em uma semana, ampliando o ganho acumulado no ano para cerca de 27%.
A proximidade do recorde histórico aumenta a sensação de inevitabilidade de que novos recordes estão ao alcance, caso a demanda continue forte.
Instituições estão impulsionando a demanda por BTC
Por trás da movimentação de preços, a atividade institucional está ditando o ritmo.
Os ETFs spot de Bitcoin dos EUA atraíram bilhões em entradas desde o início de setembro, incluindo mais de US$ 600 milhões por dois dias consecutivos e US$ 2,25 bilhões na última semana.
Source: Coinglass O ETF IBIT da BlackRock emergiu como o centro dessa demanda, com o interesse aberto em opções ultrapassando US$ 38 bilhões e até mesmo superando a Deribit, tradicionalmente o maior mercado de derivativos.
As corporações também estão reforçando a tendência de alta. A Strategy, anteriormente MicroStrategy, agora controla 3,2% do suprimento total de Bitcoin após adicionar mais de 11.000 moedas nas últimas semanas.
Essa acumulação constante reduz o suprimento nas exchanges e sinaliza confiança dos detentores de longo prazo.
Esse tipo de compra sustentada cria uma pressão de alta difícil de ser ignorada pelo mercado.
Rompimento técnico do Bitcoin confirma o momento
O cenário técnico também é favorável. O Bitcoin rompeu decisivamente acima de US$ 119.500, um nível de resistência que limitou os preços até o final de setembro.
Indicadores como MACD e RSI estão emitindo sinais de alta, enquanto o preço continua acima das médias móveis de curto prazo.
Source: CoinMarketCap Os olhos estão voltados para US$ 124.600 como o próximo teste, com extensões de Fibonacci apontando para US$ 128.000–US$ 130.000 como alvos de curto prazo.
No entanto, a grande questão é o que está além disso. A última análise do JPMorgan compara o Bitcoin ao ouro e sugere um valor justo teórico de US$ 165.000 se as tendências de adoção convergirem.
O Citi também emitiu uma meta de 12 meses de US$ 181.000, e o Standard Chartered foi ainda mais longe, projetando que os fluxos institucionais podem levar o Bitcoin a US$ 200.000 até o final do ano.
O índice de pontuação de alta da CryptoQuant está em torno de 40–50, os mesmos níveis vistos antes dos grandes rompimentos em 2020 e 2024, e a empresa acredita que o Bitcoin pode atingir entre US$ 160.000 e US$ 200.000 neste trimestre se a demanda persistir.
O shutdown do governo dos EUA também abalou a confiança nos mercados tradicionais, levando investidores a buscar ativos sólidos como Bitcoin e ouro.
US$ 200 mil à vista
A combinação de força sazonal, entradas institucionais, momento técnico e incerteza macroeconômica está criando condições inéditas para o Bitcoin.
Com o ativo próximo do recorde histórico e a liquidez aumentando, analistas argumentam que US$ 200.000 já não é mais um cenário ousado, mas sim realista, caso a pressão compradora continue ao longo do trimestre.
Por enquanto, a principal questão é se o Bitcoin conseguirá se manter acima de US$ 120.000 e romper decisivamente os US$ 124.000.
Se isso acontecer, o “Uptober” pode ser o estopim que impulsionará a maior criptomoeda do mundo para seu rali mais explosivo até agora.
