A London Stock Exchange, o titã tradicional das finanças, fez um movimento ousado. Acaba de lançar uma plataforma blockchain voltada diretamente para gestores de fundos privados.
Essa Digital Markets Infrastructure? Não é truque de mágica, a MembersCap já a utilizou ao vivo para captar recursos para seu fundo tokenizado MCM Fund 1, com a Archax, a legítima exchange cripto de Londres, atuando como intermediária de confiança.
Chega de se afogar em papelada ou esperar dias por liquidações.
Definindo as regras financeiras
Agora, não se esqueça: esse novo sistema brilhante, por enquanto, só lida com fundos privados. Mas já existem planos para expandi-lo para outros tipos de ativos.
Por outro lado, nos corredores do poder do Reino Unido, um grupo de associações de tecnologia enviou uma carta séria ao governo.
Eles querem que o blockchain esteja no centro das próximas conversas tecnológicas entre Reino Unido e EUA, que devem ganhar destaque durante a próxima visita do Presidente Trump a Londres.
A tecnologia de registro distribuído, segundo eles, é importante, um elemento central no tecido tecnológico que Reino Unido e EUA devem tecer juntos. Deixar o cripto de fora?
Seria como abandonar seu melhor trunfo no jogo de xadrez, entregando à Ásia e ao Oriente Médio uma grande vitória na definição das regras financeiras. Tokenização e stablecoins, esses temas quentes, estão em jogo.
A carta chegou à mesa do Secretário de Negócios Peter Kyle e também à Secretária Econômica do Tesouro Lucy Rigby, que está conduzindo a política cripto.
Sem rodeios, esses grupos deixaram claro o que está em jogo. Bloomberg e Financial Times já especulam sobre um possível acordo bombástico entre Reino Unido e EUA, unindo IA, computação quântica e cibersegurança em uma potência tecnológica.
A comitiva de Trump inclui grandes nomes como Sam Altman da OpenAI e Jensen Huang da Nvidia, mostrando influência e peso de verdade.
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Regulando stablecoins
O Reino Unido fala alto sobre liderar no cripto, a promessa de Rishi Sunak em 2022 de tornar a Grã-Bretanha um centro global para tecnologia de criptoativos ainda ecoa.
No entanto, nos bastidores, a regulamentação real continua bastante parada. A UE, os EUA e outros estão muito à frente.
Os EUA deram um grande passo em julho, com Trump assinando leis para regular stablecoins lastreadas em moeda fiduciária, aproximando-as dos padrões bancários.
O Reino Unido, ainda elaborando regras, planeja abrir o processo de solicitação de licenças no próximo ano, visando abranger stablecoins, tokenização e plataformas de negociação.
Coordenação
A Chanceler do Reino Unido Rachel Reeves e o Secretário do Tesouro dos EUA Scott Bessent tiveram sua própria reunião cripto em março, concordando em passos regulatórios mais próximos.
Mas aquela carta das associações comerciais deixa claro: sem coordenação, as consequências podem ser negativas, regras fragmentadas, acesso mais difícil a grandes mercados e uma competição ainda mais acirrada.
Assim, a estreia do blockchain em Londres é a grande virada do azarão. Mas a corrida está longe de terminar.
Com os EUA disparando na frente e o Reino Unido ainda amarrando os cadarços, fica a dúvida: será que a Grã-Bretanha vai conseguir correr o suficiente para se manter no jogo?

Especialista em criptomoedas e Web3, fundador da Kriptoworld
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Com anos de experiência cobrindo o universo blockchain, András traz reportagens perspicazes sobre DeFi, tokenização, altcoins e regulamentações cripto que moldam a economia digital.