Morgan Stanley prevê ganhos de US$ 16 trilhões no S&P 500 em meio ao boom tecnológico e aponta três setores vencedores

O gigante bancário Morgan Stanley está identificando os setores que provavelmente sairão na frente em meio ao boom tecnológico impulsionado pela inteligência artificial (IA).

Em uma nova entrevista à CNBC Television, Stephen Byrd, chefe global de pesquisa temática do Morgan Stanley, revela quais setores vão se beneficiar mais do aumento projetado de US$ 13 a US$ 16 trilhões no valor de mercado do S&P 500 impulsionado pela IA, segundo a empresa.

No entanto, Byrd alerta que a geração massiva de riqueza ocorrerá ao longo de anos, e não de meses.

“O interessante é que você pode pensar que os setores de alta tecnologia seriam os maiores vencedores. Mas, quando você olha em relação ao volume de receita que as empresas produzem, foi interessante perceber que muitos setores de baixa tecnologia foram os maiores vencedores relativos, áreas como serviços ao consumidor, bens de capital, diversos setores ligados à manufatura e setores relacionados à saúde que apresentam os maiores benefícios. Alguns desses benefícios, quando analisamos a adoção total, superam 50% da receita antes dos impostos dessas empresas.

Portanto, é algo muito grande. Mas, para ser justo, você mencionou o longo prazo. Este é realmente um jogo de longo prazo. Não é para o próximo trimestre. Vai levar vários anos para realmente vermos tudo isso desenvolvido.”

Analisando mais de perto o setor de manufatura, Byrd afirma que a IA irá aumentar a produção humana e permitir que as empresas gerem mais receita.

“Acredito que o que estamos vendo em nossa análise é que a IA incorporada, ou seja, a robótica de forma geral, que será aprimorada com IA, pode ter um enorme impacto na competitividade dos Estados Unidos na manufatura. Por exemplo, quando analisamos o custo total de um robô em uma fábrica nos Estados Unidos, isso pode ficar na faixa de US$ 5 por hora, muito menor do que o trabalhador médio de fábrica.

Agora, existe uma preocupação óbvia sobre os impactos no emprego. E o que nosso estudo sugere é que o grau de substituição de empregos em áreas onde os robôs podem atuar é maior do que, por exemplo, a IA agente, ou seja, software, onde vemos mais casos em que ela irá complementar os humanos em vez de automatizar o que os humanos fazem.”

No setor de saúde, Byrd afirma que a ferramenta de IA da Microsoft já está diagnosticando pacientes com “muito mais precisão” do que os melhores médicos humanos e a um “custo muito menor”.

Imagem gerada: Midjourney